Depois da Inteligência Artificial
Cadernos IHU ideias apresenta três artigos que desafiam a lógica predominante, que separa natureza-técnica-cultura e que fundamenta nossa sociedade. O primeiro, de Cosimo Accoto, intitulado “A potência da latência: inteligência artificial generativa – textos, imagens, agentes”, aborda a emergência de uma nova forma de interação entre humano e data que não pode ser interpretado como comumente se faz através da velha lógica dialética homem/técnica, natural/artificial. “Existe uma maneira filosoficamente superficial e politicamente ingênua de olhar para a inteligência artificial. É a maneira instrumental (trata-se apenas de tecnologia), dicotômica (nós humanos versus as máquinas), antropocêntrica (mantendo o humano no circuito e no controle), alinhadora (respeito aos valores humanos) e dominante (o humano é responsável por as decisões) de um certo humanismo. Muitas vezes é acompanhada por uma inclinação anestésica da ética fácil e consoladora. E há, no entanto, uma outra maneira mais filosoficamente treinada e globalmente consciente que interpreta a passagem de época que estamos vivenciando de forma complexa e sofisticada. É um humanismo capaz de apreender o estatuto de provocação cultural e intelectual da IA na longa duração
Cosimo Accoto, Massimo Di Felice e Eliane Schlemmer
Cosimo Accoto Filósofo e pesquisador do Laboratório Connection Science no Massachusetts Institute of Technology - MIT
Massimo Di Felice Professor titular da Universidade de São Paulo - USP e pós-doutorado em Sociologia pela Universidade Paris Descartes V, Sorbonne
Eliane Schlemmer Pós-doutora em Educação pela Universidade Aberta de Portugal e doutora em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
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