Antes mesmo de começarem os trabalhos do grupo interministerial criado para discutir o aumento do salário mínimo, sindicalistas já preveem derrota. Eles trabalhavam para emplacar a regra em que o mínimo é reajustado acima da inflação com base no crescimento do PIB dos dois anos anteriores. A fórmula foi criada no 2º governo Lula e vigorou até 2019, quando Jair Bolsonaro a extinguiu. Por este critério, o piso deveria subir para R$ 1.342 - hoje está em R$ 1.302. Mas os sindicalistas creem que vingará a proposta intermediária, sinalizada pela equipe política do Planalto, de R$ 1.320 a partir de 1º de maio. A solução, dizem, atende ao Ministério da Fazenda, que não queria ceder a reajuste algum. A disputa agora é para fixar a regra para 2024.
• FÉ. Sindicalistas preveem que, no ano que vem, o governo terá melhores condições de montagem do Orçamento e poderá aplicar o cálculo. A discussão ainda não decantou na Fazenda.
• CONSELHO. As discussões do grupo começam nos próximos dias e vão reunir representantes da Fazenda, do Trabalho, Casa Civil e Secretaria-Geral da Presidência. As centrais, o Dieese e a Caixa foram convocados.
• FUNIL. Apesar de protestos internos na PRF, o diretor-geral Antônio Fernando de Oliveira nomeou Jeferson Tadeu de Souza para a diretoria de Tecnologia da Informação. Ele integrou a equipe de inteligência do Planalto e ocupou cargos de confiança no governo Jair Bolsonaro. Já a nomeação de Paulo Fernando Nunes Moreno para a diretoria de Gestão de Pessoas parou na Casa Civil. Ele coordenou no PI operação que dificultou o trânsito de eleitores no 2º turno.
• ESPALHA. A gestão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, quer aumentar a participação de municípios do interior no PIB paulista. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, as regiões metropolitanas da capital e de Campinas concentram 71,5% das riquezas.
• ESPALHA 2. O secretário, Jorge Lima, trabalha na criação de 16 “coalizões empresariais” – para cada região administrativa do Estado. Os grupos vão elaborar propostas de fomento às economias locais, com o objetivo de atrair investidores. Não está descartada a oferta de subsídios para atrair empreendedores para cidades menores.
• TROCA. Há mudanças no gabinete da ministra do Planejamento, Simone Tebet. A jornalista Denise Neumann assume o comando da área de comunicação, que estava a cargo do pesquisador da FGV-SP João Villaverde. Ele será assessor especial.
• ARES. Com a aposentadoria, em maio, Ricardo Lewandowski cederá a vaga no TSE para Kassio Nunes Marques. Antes, no entanto, haverá mais mudanças na Corte. Até abril, o tribunal vai substituir os ocupantes das duas cadeiras destinadas a juristas. A expectativa é que os escolhidos sejam alinhados ao presidente, Alexandre de Moraes.
• ARES 2. Entre os cotados estão o professor da USP Floriano de Azevedo Marques, e Fabrício Medeiros, que advogou para o União Brasil. Floriano está na lista tríplice para o TRE-SP. Se não for escolhido, tem boas chances.