Governo pretende traçar projeção mais precisa da situação no país para que um plano emergencial possa ser divulgado
ISABEL MEGA
BRASÍLIA
Após uma reunião de alinhamento de medidas prioritárias com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou à imprensa que a ideia é começar mutirões para reduzir filas de cirurgias eletivas e de diagnósticos a partir de fevereiro.
O governo federal pretende traçar uma projeção mais precisa da situação em todo o país para que um plano emergencial possa ser divulgado. Essa e outras prioridades só devem ser anunciadas por Trindade após uma reunião com estados e municípios, marcada para 26 de janeiro. “A ideia é nós iniciarmos em fevereiro, claro que com algumas ações, e nós termos durante os meses de janeiro, fevereiro e março várias ações para fortalecer esse planejamento de modo que a gente tenha ações progressivamente mais fortes a partir de abril”.
A partir do mês que vem, o ministério também já coloca em prática o plano de ampliar a cobertura vacinal. A ideia é ampliar as coberturas vacinais como um todo. No caso da Covid-19, foram adquiridas doses de uso pediátrico do Instituto Butantan e da Pfizer. Trindade confirmou ainda a intenção de usar escolas nas campanhas de imunização infantil e a decisão de incluir a vacina contra Covid-19 no calendário regular de imunização.
Um outro eixo envolve a recuperação do programa Mais Médicos. Trindade afirmou que a ideia é criar um incentivo para que os médicos brasileiros possam ter uma participação maior na iniciativa. A forma como isso se dará, no entanto, não foi detalhada.
“Sabemos que a perda da força dos Mais Médicos nos últimos anos deixou um vazio de assistência médica em vários municípios do Brasil. Nossa meta é reverter esse quadro e ter como uma ação prioritária, mantendo as linhas básicas do programa, e pensando em incentivos para os médicos brasileiros”, completou.
ISABEL MEGA – Repórter do Poder Executivo