Pesquisa encomendada pelo Banco Mundial, divulgada às vésperas do Dia da Consciência Negra, aponta que 60% dos trabalhadores e trabalhadoras informais no Brasil são negros e negras
Nara Lacerda, Brasil de Fato - Uma pesquisa encomendada pelo Banco Mundial e divulgada às vésperas do Dia da Consciência Negra (20/11) indica que, mesmo quando há acesso à educação, a população negra continua com retornos mais baixos quando entra no mercado de trabalho.
O estudo inédito Jovens Negros e o Mercado de Trabalho foi produzido pelo Núcleo de Pesquisa Afro do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e pelo Instituto de Referência Negra Peregum.
A partir de dados do IBGE e conversas com jovens de cinco capitais brasileiras (Recife, Belém, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre), o levantamento traça os desafios históricos para a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho e para o combate ao racismo estrutural. A conclusão é de que o caminho para garantir a igualdade ainda é longo.
Há desvantagens educacionais que atingem mais a população negra. Em consequência, esse grupo é levado a empregos de baixa qualificação, vínculos frágeis e baixa remuneração.