O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu 144 denúncias que acusam 116 empresas de assédio eleitoral no Rio Grande do Sul ao longo deste ano. Acompanhando uma tendência nacional de crescimento deste tipo de registro, o total de denúncias que chegou ao órgão é 450% superior ao de 2018, ano da última eleição presidencial, quando o RS registrou 32 denúncias contra 20 empresas.
Os dados de 2022 foram enviados à redação do Matinal nesta quinta-feira, 27 de outubro, três dias antes do segundo turno. Até aqui, conforme o MPT, nove Termos de Ajuste de Conduta haviam sido firmados, além de três acordos judiciais feitos em audiência. O cumprimento desses acertos é acompanhado por um fiscal específico.
Para as eleições deste ano, o MPT criou um gabinete de crise para discutir os casos. Na área de abrangência do RS, o Ministério Público do Trabalho da 4ª Região montou um Grupo Especial de Atuação Finalística, com mais de dez profissionais para atuarem nos casos.
Os responsáveis averiguam as denúncias, que avançam mais ou menos rápido conforme a quantidade provas disponíveis. Neste ano, um dos casos que mais chamou a atenção foi da empresa Stara, de Não-Me-Toque. O grupo acenou com a possibilidade de corte no quadro funcional em caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência. O MPT pediu multa de 10 milhões de reais por danos morais coletivos. O caso está na Justiça.