A paralisação será no mesmo dia em que a Lei da Autonomia do BC faz um ano de existência, mas sem ter trazido a valorização e a autonomia dos servidores da Casa

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) aprovou, em assembleia nesta quarta-feira (16/2), com mais de 90% dos votos válidos, a paralisação dos servidores do banco no dia 24 de fevereiro, das 14h às 18h. Será no mesmo dia em que a Lei da Autonomia do BC faz um ano de existência, mas sem ter trazido a valorização e a autonomia dos servidores da Casa.

O presidente Nacional do Sinal, Fábio Faiad explica que haverá uma nova conversa com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, na próxima sexta-feira (18/2), à tarde. “Acreditamos que a referida reunião será positiva, mas não trará ainda uma proposta oficial do Governo Federal. Por isso está 100% mantida a paralisação em 24/2!”

O gargalo das negociações não está no BC, mas sim no governo. Segundo o sindicato, as recentes declarações do presidente Bolsonaro, do deputado Ricardo Barros e dos ministros Ciro Nogueira e Paulo Guedes sugerem ainda que o reajuste será dado somente para os policiais federais, excluindo os servidores do BC.

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“Para a nova paralisação no BC de 24/2, queremos adesão de no mínimo 70% dos servidores e no mínimo 70% de adesão à listas de entrega e de não-assunção das comissões — alguns serviços poderão ser interrompidos ou atrasados, mas não podemos dizer ainda quais, pois isso atrapalharia a organização do movimento.”

Segundo o Sinal, o objetivo da mobilização é lutar pelo reajuste salarial não só para os policiais federais, mas também para o BC, bem como a Reestruturação de Carreira de Analistas e Técnicos do BC — demandas sem impacto financeiro. “Esperamos uma resposta concreta do Governo até o dia 24/fev. Caso contrário, passaremos a debater a proposta de greve por tempo indeterminado a partir de 9 de março de 2022, com a entrega das comissões na mesma data.