Pesquisa Notícias:
   
 
INSTITUCIONAL
Sobre a Agitra
Diretoria
Estatuto Social
 
SERVIÇOS
Verbo
Convênios
Turismo
WikiTrabalho
Pesquisa Conteúdo
Fale Conosco
Acesso Restrito
 
DIÁLOGOS COM A AUDITORIA DO TRABALHO

Segurança e as Novas Tecnologias na Construção Civil

Higiene Ocupacional: Quebrando Paradigmas

Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o Amor toma conta dele.
Platão
04/10/2021

Desmatamento da Amazônia vai expor 12 milhões a calor insuportável, diz estudo

O desmatamento em larga escala da Amazônia, combinado ao efeito da mudança climática, vai expor 12 milhões de pessoas na região a ondas de calor extremo em 2100

Por Daniela Chiaretti, Valor

O desmatamento em larga escala da Amazônia, combinado ao efeito da mudança climática, vai expor 12 milhões de pessoas na região a ondas de calor extremo em 2100. São níveis de calor insuportáveis e fisiologicamente intoleráveis ao corpo humano.

Este é o resultado do primeiro estudo a analisar os impactos, na saúde humana, dos dois fenômenos — a Amazônia alterada para uma savana e a mudança do clima. Há um limite de desmatamento para a sobrevivência humana. O que quer dizer que não será possível, para pessoas vivendo na região Norte conseguir manter sua temperatura corporal sem adaptação, ou seja, ambientes internos refrigerados, pouca atividade, cuidados com crianças, velhos e pessoas com problemas cardiovasculares, e horários de trabalho intercalados com pausas, por exemplo.

O estudo “Desmatamento e mudanças climáticas projetam aumento do risco de estresse térmico na Amazônia Brasileira” teve o climatologista Carlos Nobre como autor da ideia e outros três pesquisadores como executores. São cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Fiocruz. O trabalho foi publicado hoje na Communications Earth & Environment, da revista “Nature”. “Estudamos o efeito combinado da mudança climática e da savanização na Amazônia na saúde pública da região, em ondas de calor”, diz Paulo Nobre, climatologista do Inpe, especialista em modelagem do sistema terrestre e autor do estudo.

“A novidade do estudo é que a combinação das duas variáveis leva a índices de aquecimento que ameaçam a vida.” Ele lembra que o estudo faz estimativa conservadora porque não considera o crescimento populacional. Outro ponto é que já há indicadores de que partes da Amazônia estão em avançado caminho de savanização.

“Já existem animais de Cerrado, como o lobo-guará, andando por lá. A região tornou-se parecida ao habitat do lobo”, diz Nobre. Outro sinal preocupante é que em algumas regiões as árvores mais típicas da Amazônia, que são de florestas tropicais úmidas, estão morrendo. Em situações de exposição a altas temperaturas e umidade, o corpo perde capacidade de resfriar, explica Beatriz Alves de Oliveira, uma das autoras e pesquisadora de saúde publica da Fiocruz Piauí. “É o que acontece com o nosso corpo dentro de uma sauna. Em determinado momento, temos que sair, porque o corpo chega ao limite e não consegue mais manter a temperatura em 36° ou 37°, exemplifica. “Já estamos batendo recordes, mas o que a simulação nos mostra é um cenário dramático, em termos de perdas e atividade”, diz Beatriz. Ela diz que é por isso que a próxima Copa do Mundo, no Qatar, ocorrerá no fim de 2022 e não em julho, como usual. “No calor extremo, os atletas não aguentam.” A pesquisadora diz ainda que, nas modelagens foram observados indicadores de capital humano (saúde e educação), estrutura urbana e renda. “Serão mais atingidos os municípios de baixa densidade populacional, porque têm baixa resiliência, ausência de infraestrutura de saúde”, diz ela. Se continuarmos assim, chegaremos a um ponto em que o cenário é irreversível.

Quando vamos nos posicionar e mudar a nossa realidade? Se seguirmos desta forma e neste ritmo, chegaremos ao limite”, diz Beatriz. “O estudo mostra isso: o que será da vida se não existisse a Amazônia, se a floresta for substituída por savana.” “Trabalhamos com duas dimensões — a mudança do clima e o desmatamento. A primeira depende de todo o planeta, um país sozinho não consegue brecar”, explica Nobre. “Mas o desmatamento pode ser gerenciado por nós. Podemos controlar o corte de árvores. Podemos não desmatar. Temos que fazer isso e temos que reflorestar”, diz Paulo Nobre. “A história do desmatamento zero é importante, mas não é o bastante. É como dizer: eu paro de gastar e minha conta bancária ficará no azul? Não, parar de gastar é a primeira coisa, mas é preciso retornar o que se tomou. Temos que ter um entendimento nacional e global da necessidade de revegetar a Amazônia”, diz Nobre. “Este cenário não é para 2100. É para já. Está acontecendo. A floresta está em caminho avançado de savanização.”

Fonte: Valor Econômico
 
+ Clipagem

Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil: erradicar já para salvar o futuro - O Brasil virou um dos mais importantes exemplos de empenho para a erradicação dessa grave violação dos direitos human

Comentários sobra as recentes mudanças nos currículos de ciências econômicas - Por HENRIQUE PEREIRA BRAGA*Em matéria publicada no jornal Valor econômico são relatadas as reformas cu

+ Notícia

 
AGITRA - Associação Gaúcha dos Auditores Fiscais do Trabalho
home | Fale Conosco | localização | convênios
Av. Mauá, 887, 6ºandar, Centro, Porto Alegre / RS - CEP: 90.010-110
Fones: (51) 3226-9733 ou 3227-1057 - E-mail: agitra@agitra.org.br