Políticos indicados ocupam posições decisivas dentro do Ministério da Saúde, incluindo área que pressionou para acelerar contrato da Covaxin
Por Jornal GGN O jornal de todos os Brasis
Jornal GGN – Políticos da base aliada do governo Jair Bolsonaro ocupam cargos estratégicos dentro do Ministério da Saúde, incluindo o departamento responsável pela pressão para a importação da vacina Covaxin, a mais cara dentre as contratadas – e alvo de denúncia do servidor Luis Ricardo Miranda à CPI da Pandemia.
Um exemplo disso é o Departamento de Logística (DLOG). Segundo reportagem do jornal O Globo, o chefe do departamento, Roberto Ferreira Dias, é uma indicação do Centrão e tem a atuação do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), novo alvo das investigações da CPI.
O departamento de logística já fechou contratos de R$ 15,7 bilhões em compras voltadas para o combate à covid-19. O valor supera o orçamento de ministérios como o da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.
O nome de Dias foi indicado tanto por Ricardo Barros como pelo deputado Pedro Lupion (DEM-PR). Ele assumiu o cargo em janeiro de 2019, quando Luiz Henrique Mandetta ainda era ministro e, na última sexta-feira, o deputado Luis Miranda (DEM), irmão do servidor Luis Ricardo, afirmou na CPI na última sexta-feira que Bolsonaro citou o nome de Barros quando ouviu relatos sobre suspeitas de irregularidades na Saúde.